• Livro Casa Caiada - Uma História Entre Linhas
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Livro Casa Caiada - Uma História Entre Linhas

  • Modelo: Livro Casa Caiada
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 350,00


O livro “Casa Caiada, uma história entre linhas”, primeira publicação da editora da Usina de Arte, é de autoria da historiadora Maria Eduarda Marques.

Numa perspectiva culturalista, a obra ilustrada resgata a trajetória dos Tapetes Casa Caiada, um dos mais bem sucedidos empreendimentos da tapeçaria artesanal do Brasil. Por mais de sessenta anos, a manufatura pernambucana, concebida e executada por mulheres, vem produzindo uma bordadura virtuosa, criativa e singular, reconhecida no Brasil e no estrangeiro.  Trata-se portanto, de uma história empresarial com forte conteúdo social e estético.

O livro, dividido em 7 partes, começa por explorar o papel reservado às mulheres na arte da tecelagem ao longo dos tempos. Puxando o fio da história, a narrativa resgata os primórdios da produção de Casa Caiada, em Recife, no final dos sessenta, quando foi firmada a parceria familiar entre Edith e Maria Digna Pessoa de Queiroz. Elas lograram mobilizar mulheres de baixa renda para o aprendizado e a confecção comunitária de tapetes tecidos com lã, um artesanato pouco recorrente em Pernambuco.

Com o propósito de criar algo original, o artesanato se baseou no patrimônio artístico e histórico de Pernambuco, primeira fonte de inspiração dos padrões dos tapetes. As primeiras peças confeccionadas receberam nomes que evocam monumentos, sítios e paisagens de Pernambuco. 

No início dos anos 70, os Tapetes Casa Caiada foram expostos no Rio de Janeiro e São Paulo, alcançando grande prestígio. Na sequência, inúmeras exposições foram organizadas em diversas capitais brasileiras.  A partir de 1976, Casa Caiada desenvolveu a série Armorial, com padrões criados por Ariano Suassuna para as publicações D’A Pedra do Reino e O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão. Foi quando foram tecidas peças destinadas às paredes. A produção Armorial foi consagrada pela crítica, na esteira das grandes exposições realizadas no Recife e no Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro.

Ao fim da década, com o sucesso de produção e vendas, o atelier dos Tapetes Casa Caiada foi transferido para a “vila da fábrica” em Camaragibe-PE, espaço mais amplo pertencente à Companhia Industrial de Pernambuco, então já sob o comando exclusivo de Maria Digna e com o apoio de seus filhos e filhas, Casa Caiada Ingressou em nova fase. A produção foi incrementada e foram aprimorados os acabamentos das peças.

O texto segue na linha do tempo dos anos oitenta, quando Casa Caiada passa a sofrer com a concorrência desleal e com a instabilidade da economia brasileira. Maria Digna enfrenta o desfio da conquista do mercado internacional, o que exigiu a introdução de novos padrões florais e de outros motivos exóticos da flora e fauna brasileiras. Casa Caiada foi distinguida com prêmios pela performance internacional. Grandes exposições foram realizadas também na Europa. A penetração definitiva de Casa Caiada principalmente no mercado americano contou com a representação de Ann Brandow. Foi quando grandes personalidades internacionais passaram a encomendar e adquirir o artesanato.

A partir dos anos 2000, os Tapetes Casa Caiada passaram a funcionar como instituição sem fins lucrativos.  Maria Digna e Família passaram à função estratégica de orientar a produção das mulheres cooperativadas do Município de Lagoa do Carro, onde a atividade tecelã de Casa Caiada impactou na qualidade de vida de homens e mulheres da localidade. O texto traz alguns depoimentos de mulheres tecelãs.

A última parte do livro é consagrada à pessoa de Maria Digna, motivação pessoal na direção de Casa Caiada, principalmente no contato humano com as mulheres tecelãs.  O sentimento de responsabilidade social e o desejo de ajudar a transformar vidas foi o que inspirou Maria Digna a construir uma história de empreendedorismo coletivo de sucesso.

Maria Eduarda Marques

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